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14/10/2012

Caca da Talita - o bife

O blog ficou abandonado por quase duas semanas e a resposta para isso é: não precisei cozinhar esse tempo todo nem fazer nada relacionado à cozinha que não fosse comer, logo não estava irritada, nem ansiosa, nem frustada (mas a preguiça de escrever continuou); só que fui expulsa do paraíso pela deusa das panelas (mamãe) e cá estou novamente para relatar minhas desventuras.

#backtohell


E eu nem precisei comer do fruto proibido...

Vou contar um causo que aconteceu ano passado, quando assumi o posto de vice-cozinheira.

A maioria das mães e pais que cozinham (quando não são os avós) têm um tempero todo especial, quase que uma impressão digital: único e intransferível. Com mamãe não seria diferente. Já a maioria dos rebentos que tentam seguir o exemplo fazem merda. Comigo também não seria diferente.

Eu tento, mas nunca consegui temperar a carne para bife (aliás, carne nenhuma) como minha mãe faz e olha que não é por falta de ensinar porque isso ela já tentou váááárias vezes. Agora, cá entre nós, ela diz que não, mas EU SEI que tem segredo na parada!

Manhê, é feio esconder. Abra o jogo!


Um belo dia, na correria, precisei fazer almoço. Já tinha feijão pronto, mas não arroz, carne e salada. Ok. A parte do arroz foi tranquila (uma queimadinha básica no fundo mas nada que acabasse com o dia) e a salada também já que apenas eu e meu pai comeríamos em casa naquele dia, não havia necessidade de preparar muita coisa. Tinha carne cortada para fazer bife (não me pergunte que parte do boi era) então pensei em fazê-la acebolada (adoro!). Coloquei em prática todo o ensinamento de mamãe. Ou melhor achei que. Já disse, sou desatenta pra caramba, cabeça na lua. Alguma coisa tinha que dar errado, e deu.

- Peguei os dois pedaços razoáveis da gaveta da geladeira;
- Não bati (merda nº. 1);
- Temperei com a quantidade de sal e pimenta do reino que eu achei ser suficiente, mas não era (merda nº.2);
- E não deixei o tempero entranhar na carne, coloquei-a logo na panela (merda nº. 3);
- Com óleo insuficiente (merda nº.4);

Preciso dizer que queimou? Ficou insosso? E borrachudo?

Mas antes de saber disso (que deu uma sapecada foi impossível não perceber, mas quanto aos outros itens só se sabe comendo) coloquei o pedaço do meu pai no prato e voltei para a cozinha pegar a salada que estava esterilizando. Na volta, ainda antes de experimentar a gororoba tive a audácia de perguntar a papai como estava.

- Tá ótimo filha.

Comi. E de súbito bateu um certo desgosto ao perceber que meu pai mente pra mim. Como todo pai coruja que quer incentivar o filho em alguma atividade. Se quiser uma opinião honesta sobre algo que você faz, NÃO CONFIE NOS SEUS PAIS; eles não vão dizer a verdade. Honestidade você encontra com o amigo descarado que perde a sua amizade mas não a piada. Esse é o cara.

Pelo menos a cebola alegrou um pouco o almoço.

É claro de depois desse dia fiquei mais atenta ao preparo do bife, no entanto, não consegui chegar ao tempero mágico das mães. Paciência, sigo tentando.

03/10/2012

Na madruga


Caro leitor, 
imagine-se na seguinte situação: madrugada de sábado para domingo, voltando da balada (excelente pela ocasião e companhia, péssima pelo atendimento), chega em casa cansado. O que você faz? Opção:

a) se joga na cama
b) se joga no sofá
c) se joga no tapete da sala
d) se joga onde der

Claro que eu faco cupcake!

Aí você me pergunta: Oi? Cozinha de madrugada?
Yeah, baby, Yeah.

O aniversário de uma amiga rolou num barzinho e não fosse a péssima administração (você gosta de ser  destratado pela gerência logo na entrada? Já viu uma simples porção de provolone à milanesa demorar duas horas e meia para chegar?) a noite teria sido perfeita. Como estava tarde para voltar sozinha, acabei indo pousar na casa da Carol, que é Cake Designer. Ela havia recebido uma encomenda grande de cupcakes para o domingo e não tínhamos nada mais interessante para fazer (dormir, talvez?) então  resolveu me escravizar resolvemos adiantar o trabalho, afinal a encomenda era grande e, obviamente, quatro mãos trabalham mais rápido que duas. O tema era A Galinha Pintadinha.

Só tenho uma observação a fazer: como uma coisa tão pequena pode dar tanto trabalho? Foi um tal de cavar a masa, rechear, tampar o buraco, besuntar de brigadeiro, tingir a pasta americana, amassar para homogenizar a cor, abrir na espessura certa, colocar sobre o bolinho, ajeitar, preparar mais pasta de várias cores, montar cada detalhe dos bichinhos, colar com cuidado, esperar secar um pouco e embalar. Olha, uma maratona. Só sei que começamos umas 3 horas e uns quebrados e terminamos lá pelas 9 da matina. Isso porque a massa já estava assada. Se fosse para fazer desde o início teríamos terminado bem mais tarde. Foi legal porque conversamos e rimos muito durante todo o processo mas confesso que não teria saco para fazer isso sempre, e nem é por não gostar de cozinhar mas sim pela trabalheira. Tem que gostar muito para ficar um tempão nessa tarefa. Carol, te admiro mas não te invejo!

Mas verdade seja dita: o resultado final foi tão bonitinho!

Nem acredito que tem dedo meu aí!



P.S.: a imagem mostra 1/3 da encomenda.
P.S. 2: a Carol não é uma megera. Ofereci ajuda de livre e espontânea pressão vontade.

29/09/2012

Passou da validade

Como bem sabe, tenho uma preguiça enorme quando o assunto é cozinha. Falei neste post que muitas vezes fiquei sem comer salada por preguiça de lavar e esterilizar e olha que gosto muito de salada. Já dá para perceber que vira e mexe as coisas perdem a validade aqui em casa. O nome disso é desperdício. De alimento e de dinheiro.

Não é bonito jogar comida fora. Não mesmo, mas antes que digam, já adianto que criancinhas na África não estão morrendo de fome porque você joga comida fora; elas estão morrendo de fome porque não têm dinheiro para comprar alimento. Não falta comida no mundo (se faltasse, você não desperdiçaria), falta (boa) política. Só que nada justifica alimento na lata do lixo mesmo que dinheiro para comprar não seja problema.

Eu detesto ver que por ineficácia minha uma coisa boa foi para o lixo. Sinto uma pontinha de fracasso e fico me perguntando porque raios não percebi a validade da comida. Tem muito da preguiça aí mas tem outra coisa: sou desligada. Se o assunto não me interessa (cozinha?) meu cérebro funciona como o de um homem durante uma partida de futebol: não me venha com DR que eu apenas balanço a cabeça e digo 'uhum', mas na verdade a mente tá longe, bem longe.

É por causa desse tipo de situação que encontro bilhetinhos como este na porta da geladeira:

Ah, se não fosse mamãe
(Tem 3 vasilhas com couve lavada e picada pronta p/ refogar)



Porque se fosse apenas avisado eu certamente esqueceria e só encontraria os tais potinhos quando a couve já estivesse completamente passada do ponto para comer. Já aconteceu muito.

Outra coisa que acontece é não olhar a despensa direito antes de ir ao supermercado. As vezes tem uma lata de milho escondida lááááá no fundo, atrás do pote de farinha, bem onde a vista não alcança e você vai no mercado, compra outra lata mas desta vez a coloca bem na frente porque sabe que vai precisar para fazer a torta. Um dia, quando vai limpar o armário, lá está a bendita. Venceu há dois meses. E você pensa: puxa, naquele dia precisei tanto, tive que sair correndo para o mercado... Semana passada aconteceu, comprei o que não precisava na feira. A sorte é que ainda deu para aproveitar os itens velhos. Isso se chama falta de organização.

Há ainda outra situação que é o 'pecar pelo excesso'. A pessoa vai no mercado e vê a promoção: leve 1kg e pague 500g sendo que tem a opção de levar apenas o que ela realmente vai precisar: 250g. Se for algo industrializado muitas vezes dá para guardar o que sobrou e usar em outra ocasião mas se for perecível é bem provável que irá se perder. Parece economia, mas não é. Pagar por algo que não vai usar é jogar dinheiro fora, junto com a comida.

Antes de ter que assumir a o comando da cozinha eu não me preocupava com nada disso e era muito raro alguma coisa ser jogada fora em casa. Acontecia, mas era bem incomum. Quando ficou tudo por minha conta a coisa desandou e não estou gostando nem um pouco da situação. Tenho jogado muita coisa fora. Nota zero em economia doméstica.

Vou começar a prestar mais atenção a esses tipos de situações pois posso não gostar de cozinhar, mas gosto da comida.

E você, joga muita coisa fora?


28/09/2012

Bagunça

Eu sou um furacão, admito. Quando entro na cozinha consigo sujar tudo, bagunçar tudo. Meu sobrenome deveria ser Katrina.

A maior reclamação do meu pai é justamente essa: a pilha de louça para lavar depois de cozinhar (como se fosse ele a lavar!). Para na porta da cozinha, põe as mãos na cintura, lança aquele olhar de desaprovação e manda: "É... tem jeito não".

TEM MESMO NÃO!

Me diz como manter a cozinha organizada durante o preparo da comida? É panela no fogão, salada para lavar, carne para temperar, legume para cortar, azeitona para descaroçar, queijo para ralar e o tempo correndo. Tudo de uma vez, agora, num ambiente pequeno e totalmente desfuncional.  Na pressa sujo uma tigela e percebo que é muito alimento para um pote só, daí pego outra. Não sei onde coloquei a colher, pego outra. Vou mexer o que tá na panela e sujo o fogão, cai na trempe e sobe o cheiro de queimado. Troca de trempe. Tem que lavar a salada agora para dar tempo de esterilizar senão não dá para comer. Paro e vou lavar a salada. Sinto cheiro de queimado. A massa da panqueca tostou! Ainda não desfiei o frango. Não vai dar, amassa com a mão mesmo. Cadê o garfo? Pego outro. Achei a colher, mas já peguei outra, jogo na pia. A tábua tá suja, jogo na pia e pego outra. Amassei o frango, agora tem que por num pote, ah mas esse tá sujo da massa da panqueca. Jogo na pia e pego outro. Ih, esqueci da azeitona. Agora já era, fica sem. E por aí vai. Tem outra coisa: sou 'nojentinha' não gosto das mãos engorduradas, sujas de massa. Se eu pegar num utensílio e sentir 'sujeira' já descarto e pego outro.

"Ah,  mas você poderia deixar parte pronta antes." Pombas! Eu tento, juro, mas já faço uma porrada de coisa, tenho trocentas preocupações por dia. Se eu tiver que dedicar mais tempo preparando as coisas antes vou viver em função da cozinha. É muita coisinha. Não mesmo, muito obrigada. Uma hora de preparo é o meu limite do suportável, passou disso, AAAHHHH! Melhor nem comentar. "Quem quer dá um jeito, quem não quer dá uma desculpa." As vezes isso nem sempre se aplica!

E no meio da bagunça toda vem meu pai: "Entre uma tarefa e outra você tem que lavar o pote que usou, os talheres, assim não sobra muita coisa para lavar no final."

 Pai, cê tá pensando que eu sou um polvo?

Será que com oito tentáculos ficaria mais fácil?
Créditos: neptunecanada

27/09/2012

Caca da Talita - O arroz doce


Minha mãe é do tipo que tira leite de pedra. Ela consegue coisas impressionantes como fazer com que aquela maravilhosa carne assada de domingo, mas que ninguém aguenta mais ver na frente por se tratar de ser quarta-feira - e na segunda e terça também ter comido a bendita - virar uma delícia como recheio de uma panqueca, ou torta, ou bolinho, ou, ou, ou. O repertório dela é bem variado.

Óbvio que herdei essa habilidade. #soquenao 

Eu não sei cozinhar. Na verdade até sei uma coisinha ou outra, mas não me peça nada aprimorado que não rola. Uma coisa é fritar um ovo, outra é ser uma chef. Isso eu deixo para a Carol.

Uma das vezes que tentei praticar o dom da minha mãe e reaproveitar uma sobra para outra coisa foi com um restinho de arroz que tava rolando na geladeira e ninguém queria comer porque tinha outro novo (antes que me perguntem o porquê, fiz outro arroz pois não verifiquei que ainda tinha um pouco na geladeira). A imagem de qualquer coisa comível parando na lata do lixo parte meu coração. Pensei, nobremente, que seria desperdício jogar comida fora e que poderia aproveitar a sobra para uma sobremesa.

Pego a panelinha com o restinho, ponho no fogo, jogo leite. Açúcar. Mais um pouquinho de açúcar. Olho a geladeira, huuummm (pensativa e fazendo bico), tem um pouco de creme de leite que foi aberto ontem... ok, entra na dança. E um ovo também. Vou fazer um ‘creme’ de arroz. Olho a despensa. Tem cacau em pó. Aquele do padre. Vambora. Detalhe: a ‘receita’ surgiu da minha cabeça.

O arroz com leite e açúcar já tá fervendo. Coloco o cacau em pó. Não gostei. Mais cacau. Agora a cor tá boa. Quebro o ovo e jogo lá dentro e... epa! Era para misturar homogeneamente, cacete! Por que eu tô vendo filetes de gema cozida? Droga! Eu tinha que bater o leite com o ovo açúcar e cacau antes de jogar no troço quente. Claro que ia virar ‘omelete’. Grrrr. Tá, já foi. Respira. Não vai ficar ruim por causa disso. Falta... ah, é! O creme de leite. No negócio fervendo. Não se põe creme de leite em coisa fervendo também. Talha. Mas mexi e desapareceu.

Ok, tá pronto. Desligo o fogo e deixo esfriar. Esfriou, vou provar. Como a primeira colherada. Respiro fundo, muito fundo porque depois de tudo, ao comer sinto gosto de... alho e cebola, temperos de arroz SALGADO. É, esqueci desse pequeno detalhe. Quis usar arroz temperado com alho para fazer doce. Pode rir, eu deixo. Meu pensamento: quando mamãe chegar ela resolve, tenho certeza. Chega mamãe:

- Talita, o que é isso nessa panela?
-Tentativa frustrada de arroz doce, mãe.
- Frustrada por quê?
- Porque usei a sobra de arroz que tava aí.
- Arroz salgado?
- É (cara de cachorro que apronta e sabe que vem bronca).
- ...Talita...
- Tá, mãe, ok. Não precisa falar nada. O que é que dá para fazer com isso?
(Mãe abre a lata do lixo)
- Isso. (E joga tudo lá dentro).

E no final das contas o que eu não queria jogar fora teve o cruel destino. Junto com o leite, açúcar, cacau, ovo e creme de leite que, por sinal, dariam um creme para passar no pão doce que meu pai havia preparado.

25/09/2012

Esclarecimento

Algumas pessoas que me conhecem pessoalmente me perguntaram, através de redes sociais, por que eu quero iniciar uma dieta se já sou magra, se o blog era uma espécie de diário sobre isso. Gente, em momento ALGUM eu disse que quero e/ou manifestei vontade de emagrecer, nem mesmo os 6kg que ganhei desde o começo do ano. Por quê? Porque acho que fisicamente falando estou melhor assim. Aliás, se eu tivesse um pouquinho mais de 'carne' em algumas partes ficaria melhor, rsrs. Tenho +/- 1,70m e massa de 66kg.

Ganhei alguns quilinhos mas não criei barriga nem culote nem nada. Explico: pratico corrida e musculação e pego pesado em alguns exercícios de forma que o que viraria gordura acabou virando massa muscular.

Talitinha não pretende ficar como o moço aí de cima.
Créditos: Gato Azul

Quero, sim, comer bem preparando eu mesma meu alimento de forma prática e rápida. E não, não vou entrar em uma dieta restritiva, não vou me privar das delícias da vida. Se eu pudesse direcionar os gramas a mais para determinada parte do corpo beleza, mas isso não é tão fácil assim. Nem sei se é possível. Não quero perder mas também não quero ganhar mais só que do jeito que ando escorregando nas 'porcarias' a tendência é ganhar, certo? Mas eu consigo, eu tenho a força.


He-man que o diga


Então, galerinha, o blog NÃO é um diário sobre emagrecimento. É um diário sobre a minha vivência em relação à cozinha.

Até parece que vou deixar de comer uma costela de porco gorda. Nham.

24/09/2012

Quebra de concentração

Sei que preciso preparar o almoço e sei que tem todos os ingredientes lá na geladeira, mas só de pensar em parar o que estou fazendo agora e ter que "montar" a coisa toda, esperar cozinhar, comer, lavar e guardar a louça e etc. já bate AQUELA preguiça. Sem contar que corta a minha empolgação de fazer o que estou fazendo. É como se você estivesse totalmente absorto na sua tarefa e viesse um chato tirando toda a sua concentração. É, no mínimo, irritante.

Eu poderia enrolar, não tenho que necessariamente preparar a comida no horário convencional. Não se tiver que cozinhar só para mim. Só que tem uma hora que invariavelmente a fome chega e aí eu caio naquele  probleminha que citei neste post: comer o que estiver ao alcance, não importa a pouca qualidade. Então, novamente perco a chance de fazer uma refeição decente.

Podem argumentar que isso é questão de organização, que posso deixar muita coisa já 'engatilhada' antes. Posso? Posso. Já tentei e venho tentando há tempos fazer isso, só que para chegar num nível realmente prático e funcional, a organização da cozinha, preparo da refeição e principalmente o 'espírito culinário' que tem que estar presente em mim demanda tempo, empenho, dedicação (fora que detesto a cozinha de casa em si, o ambiente, as instalações. ainda escrevo sobre isso).  É tudo o que não tenho. Qualquer coisa que você queira fazer direito exige perseverança. Qualquer uma, por mais simples que seja.

Eu sou: desorganizada, preguiçosa, impaciente e, por tudo isso, irritadiça (não parece? mas sou isso mesmo) e definitivamente cozinhar diariamente não me dá prazer. Nem esporadicamente, já que tem muitas coisas que gostaria de fazer mas o fato de não saber como contribui para no final tudo sair uma caca (já aconteceu várias vezes, a que me recordo no momento foi a tentava de reaproveitar o arroz sem graça que sobrou de um almoço para uma sobremesa, eca!).

O fato é que que apesar de o dia ter começado com o pé direito e ter tomado um café-da-manhã realmente decente com frutas, pão e leite, lá pelas 10h, quando bateu uma fominha, abri a geladeira e adivinhe? Bolo de tapioca. E depois pipoca. Mesmo tendo um cesto cheio de frutas (compradas por mim!), iogurte e granola em casa! Mea culpa. Mimadinha? Só come direito se mamãe der? Aham, é isso mesmo, nem sempre, mas é. Triste? Opa, vergonhoso também. Esta sou eu (ou 'estou eu' já que quero mudar?) e você também, CONFESSA!

É melhor confessar antes que eu te faça sentar aqui!
Créditos:  _Ssss_

Ah! Ok, chega de papo. Vou lá para a tortura cozinha, preparar o almoço antes que o bolo de tapioca acabe.

22/09/2012

E bate a preguiça

Quando tenho que preparar algo para comer bate aquela preguiça. Sempre me alimentei bem, mas porque mamãe sempre preparou coisas boas. Todos os dias. Só que agora eu cresci e mamãe tem outras prioridades, ainda bem. O problema é que eu cresci mas não amadureci em alguns aspectos (eu não sou uma boba da corte, ok?) e juntando isso à minha preguiça habitual temos uma péssima alimentação. É, quem me conhece acha que sou natureba, tenho um estilo de alimentação mais leve, prefiro frutas e hortaliças e et cetera  et al. Isso é verdade se um outro alguém preparar uma refeição decente e me der, mas a verdade verdadeira, é que depois que tive que começar a me virar sozinha, minha alimentação caiu em qualidade, e muito.

Pego aquilo que estiver ao meu alcance e preparo o que for mais rápido de fazer. Nessa ordem. Se eu tiver que lavar e descascar uma fruta para comer no intervalo entre o café da manhã e o almoço vou procurar antes se já não tem algo pronto e se tiver e isso for um doce... é eu sei, troca muito, muito ruim. Quantas vezes deixei de comer salada no almoço ou na janta por pura preguiça de lavar, esperar esterilizar e cortar? Quer saber o resultado desse desleixo? 6kg a mais desde março deste ano.

Eu realmente tento manter a linha, nem tanto pelo medo de engordar mas sim porque sei que hábitos ruins refletem na saúde, se não agora, lá na frente e meus exames de sangue - que sempre foram bons - começaram a apontar alterações. Minha família, tanto por parte de mãe quanto de pai, tem um histórico meio tenebroso quanto à diabetes, hipertensão, infartos e até câncer então não é bom brincar com a herança maldita que pode estar no meu DNA.

Você é o que come.

A vontade de querer mudar esse quadro feio foi o principal motivo para a criação deste blog, pois acho que quando anunciamos um projeto publicamente ficamos mais comprometidos em trabalhar nele. Como se fosse uma 'questão de honra'.

Espero poder cumprir com meu compromisso. Você me ajuda?

21/09/2012

O início de tudo.



Nunca fui boa na cozinha. Nunca gostei de cozinhar, só comer. Mas quem precisa aprender a cozinhar com um pai bom de panela e uma mãe melhor ainda? De quebra tem os bolos maravilhosos da irmã e petiscos da melhor amiga - formada em gastronomia, diga-se de passagem (sua melhor amiga não é formada em gastronomia? Só lamento).

A proposta deste blog não é ser mais um sobre receitas e afins. Para isso, a internet está cheia de ótimos sites e blogs. Aqui descrevo como é para uma (quase) completa leiga ter que se aventurar pelo desconhecido mundo das panelas e dos temperos e construir algo palatável.

Para uns cozinhar é uma arte (nas mãos da minha mãe mexido é obra prima!); para mim é bruxaria.

Não acho que seja vergonhoso não saber/gostar de cozinhar. Pessoas têm diversos tipos de talentos e muitas (mais até do que possamos imaginar) simplesmente não nasceram com o dom/gosto para culinária. E eu me enquadro nessa turma. Adoro comer (dizem que sou magra de ruim) mas se pudesse gastaria meu precioso tempo em outras atividades que são, a meu ver, mais produtivas que ficar uma, duas, três horas preparando algo que será devorado em questão de minutos (muitas vezes sem um elogio). Fora a louça suja no final. Affff

O fato é que por N motivos, todos nós - ou pelo menos a grande maioria - teremos que enfrentar o monstro do fogão alguma vez na vida (ou a vida toda) se quisermos nos manter em pé de forma digna (leia-se não viver apenas de congelados e/ou besteiras que só fazem comprometer a saúde e esvaziar o bolso). Nem sempre tenho com quem contar para preparar a comida para mim quando é preciso, então o que me resta é encarar o desafio - e meus piores medos em relação ao tema: panela de pressão e óleo quente.

Espero poder trocar experiências produtivas e truques que facilitem a vida nessa empreitada. Não tenho grandes pretensões com esse blog (aliás nem sei ao certo como tocá-lo) apenas quero deixar registradas minhas experiências e, quem sabe um dia, eu mude de opinião a respeito da cozinha e passe a enxergá-la com olhos mais amistosos. E que meus erros (que serão muitos, tenho certeza) e meus acertos sirvam de guia para outras pessoas que estão passando pela mesma situação que eu e as ajude a tornar a experiência mais fácil, bem humorada e agradável (se é que isso é possível). Se quiser participar esteja à vontade.

Grande abraço, Talita.